Desde o ano de 2018, a RSF vem participando das discussões sobre o Pacto Mundial para Migração Segura, Ordenada e Regular. O Pacto responde a um compromisso coletivo dos governos com o objetivo de avançar na governança migratória. Em grandes linhas, trata-se de um instrumento não vinculante, no qual se reconhece que nenhum Estado tem habilidade e/ou é capaz de encontrar uma solução para resolver as questões migratórias, dado à multidimensionalidade e à transversalidade da migração internacional, em função do caráter transnacional nos processos migratórios ao redor do mundo.
Fabiane Mesquita, voluntária da Rede Sem Fronteiras (RSF) participou como relatora no encerramento da Mesa Redonda intitulada “Gobernanza Migratoria, Salvar Vidas y Reintegración Sostenible”, realizada no dia 05 de abril de 2022.
Participaram do painel de discussão, representantes da área de Programas, UNDOC (México), da Oficina Regional ACNUDH (ONU), da Dirección de Visados y Naturalizaciones (Equador), da Coordinación Regional de la Área Transnacional de la Fundación para la Justicia y el Estado Democrático de Derecho (Guatemala), da Secretaría Técnica de la Coalición Regional contra la Trata de Personas y Tráfico Ilícito de Migrantes (CORETT), da Secretaria del Migrante y Enlace Internacional (Guanajuato, México) e a Dirección de Cooperación Internacional del Ministério de Relaciones Exteriores (Colômbia).
A Mesa Redonda teve como objetivo central, discutir sobre os avanços da implementação dos objetivos do PMM, nº 4, 8, 9, 10, 11, 13 e 21. Os referidos objetivos centram-se nas pessoas migrantes, na cooperação internacional, na soberanía nacional, no Estado de direito e garantias processuais, no desenvolvimento sustentável, nos direitos humanos, com perspectiva de gênero, perspectiva infantil, enfoque pan governamental e enfoque pan social.
Além disso, o panorama de discussão teve como guia orientador uma série de perguntas direcionadas aos e às painelistas para uma compreensão integral da discussão proposta. Dentre as perguntas que foram encaminhadas com antecedência para os (as) participantes, encontram-se:
●¿Qué acciones podrían facilitar el acceso a la identidad jurídica que permitan la regularización de personas migrantes, en particular de aquellos grupos en situación de vulnerabilidad? ¿Qué buenas prácticas y desafíos persistentes podría compartir?
●Durante la revisión regional del Pacto en 2021, la temática sobre muertes y desapariciones de personas migrantes fue destacada por las organizaciones de sociedad civil, que tienen amplia experiencia en el abordaje de este tema. Como organización, ¿qué buenas prácticas y lecciones aprendidas se pueden compartir al respecto? ¿Cómo podrían los gobiernos asegurar una gobernanza de fronteras coordinada, integrada y segura que permita salvar las vidas de las personas migrantes y sus familias?
● Los cierres y restricciones de fronteras a raíz de la pandemia originaron nuevas rutas y dinámicas de trata de personas y tráfico ilícito de migrantes. ¿Qué retos y nuevas estrategias de abordaje conllevan para gobiernos y partes interesadas? ¿Qué acciones coordinadas podrían destacarse en materia de cooperación consular que brinden asistencia y protección a las víctimas?
●¿Qué buenas prácticas podría destacar para asegurar que el retorno tenga lugar siempre en condiciones de seguridad y dignidad, así como para apoyar la reintegración sostenible de personas migrantes? ¿Qué desafíos persisten?
A partir das perguntas orientadoras, refletiu-se sobre alguns enfoques práticos e ações pautadas nos seguintes direitos: salvar vidas, combater o tráfico ilícito de pessoas migrantes, erradicar os tráficos de pessoas, garantir o acesso à documentação, promover alternativas para detenção migratória, gestionar as fronteiras de maneira integrada, facilitar o retorno voluntário e reintegrar as pessoas migrantes. Segundo os (as) participantes, abordar estes desafios implica na coordenação de respostas para a prevenção e proteção frente ao crime transnacional, a violência, o abuso e a exploração, mediante a promoção do retorno e a integração sustentável, segura e digna das pessoas migrantes, especialmente de mulheres, meninas, adolescentes e crianças desacompanhadas e separadas.
Com base na conjuntura discutida, denotam-se inúmeros avanços sobre o tema, a exemplo da implementação do Pacto Mundial para Migração Segura, Ordenada e Regular, bem como inúmeros desafios, em função da conjuntura experimentada. A breve relatoria pautou-se somente nos principais desafios que ainda assolam a região, tendo como base os principais pontos apresentados pelos (as) participantes.
Pontos destacados na relatoria:
●Necessidade de seguir con la regularización de niños, niñas y adolescentes separados e desacompañados en la región;
● Necesidade de seguir fortaleciendo los mecanismos de apoyo exterior para la investigación acerca de las personas desaparecidas; ya que muchas veces la respuesta es el silencio;
●Buscar mecanismos de apoyo para las investigaciones forenses de personas migrantes desaparecidas,
● Asistir las familias de personas migrantes desaparecidas;
● Garantir la identificación de las víctimas de personas migrantes desaparecidas;
● Mejorar la legislación en materia migratoria, integrando las normativas internacionales com o objetivo de combatir y prevenir de manera eficaz el tráfico ilícito y la trata de mujeres, adolescentes, niños y niñas;
● Capacitar los entes consulares para una abordaje integral de la migración internacional;
● Capacitar las agendas y los gobiernos municipales;
● Asegurar el retorno seguro, digno y la reintegración sostenible de las personas migrantes;
● Identificar de manera adecuada los perfiles educativos, para que las personas migrantes puedan incertarse en los distintos niveles educativos.
Por fim, cabe mencionarmos que a segunda Mesa de Diálogos Regionais antecede o Foro de Examen de la Migración Internacional (FEMI)l, entre os dias 17 a 20 de maio de 2022, na Sede da Organização das Nações Unidas (ONU), a ser realizado na cidade de Nova York. Ou seja, trata-se uma discussão em fase de construção, tanto no âmbito global quanto no âmbito regional.
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